ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Acusado de matar jovem torcedora do Goiás é condenado a 29 anos

Ricardo Araújo Teixeira, acusado de matar Pâmella Munike (Foto: Mantovani Fernandes/O Popular)
Ricardo Araújo Teixeira continuará no Complexo Prisional Foto: Mantovani Fernandes - O Popular


Ricardo Araújo Teixeira pega pena de 15 anos por assassinato de Pâmela Munike, ocorrido em 2011, e mais 14 anos por duas tentativas de homicídio



Ricardo Araújo Teixeira foi condenado nesta quinta-feira a 15 anos de prisão pela morte da torcedora do Goiás, Pâmella Munike Gonçalves Volpato. O assassinato da jovem, que tinha 17 anos, ocorreu no dia 6 de novembro de 2011. Teixeira também foi condenado a mais 14 anos pela tentativa de homicídio contra o namorado da vítima, Wallison Nogueira, e um primo de Pâmella, Bruno Volpato. Somadas, as penas chegam a 29 anos.

Ricardo, que é integrante torcida organizada do Vila Nova, Sangue Colorado, foi julgado por um júri popular composto de sete pessoas da comunidade sorteadas dentro de uma lista do Fórum da capital. O condenado deve continuar no Complexo Prisional, em Aparecida de Goiânia, onde cumprirá a pena. O júri foi presidido pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara, da 1ª Vara Criminal de Goiânia.


Os jurados não aceitaram o pedido da defesa para desqualificar o crime, alegando que o réu agiu em legítima defesa. Segundo Ricardo, a intenção dele era matar o namorado de Pâmella, Wallison, que teria ameaçado sacar uma arma quando o viu. Os jurados entenderam que a ação se deu por motivo fútil, sem dar chances para a vítima se defender.

Entenda o caso
O crime aconteceu no dia 6 de novembro de 2011. Pâmella foi assassinada com um tiro na cabeça quando voltava de uma festa à noite, na Vila Mauá, em Goiânia. Ela estava acompanhada do primo e do namorado, todos torcedores do Goiás, e teria sido morta por engano.


Pamela, jovem torcedora do Goiás assassinada (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Pâmella tinha 17 anos quando foi assassinada - Foto: Reprodução - TV Anhanguera





Durante a investigação, a polícia apontou como autor dos disparos o jovem Ricardo Teixeira,  na época com 22 anos, integrante da torcida Sangue Colorado, do Vila Nova. Preso um mês após o homicídio, ele confessou ser o autor dos disparos, segundo a polícia, e disse que tinha intenção de atingir o namorado de Pâmella, integrante da torcida organizada Força Jovem Goiás.

Vingança
Consta na denúncia que o crime foi motivado após o jogo partida de futebol entre Goiás e Vila Nova, no Serra Dourada, pela Série B de 2011, onde o namorado de Pâmella foi fotografado ao lado de um simulacro de caixão, com as cores do Vila Nova e com a inscrição L.A., abreviação de Lucas Arantes, amigo do denunciado, morto por torcedores do Goiás em meados daquele ano.

A morte de Pâmella Munike, torcedora do Goiás, e de Lucas Arantes, do Vila Nova, são duas das diversas registradas na Grande Goiânia, nos últimos dois anos, envolvendo a disputa entre torcedores de times rivais. Os frequentes homicídios resultaram em uma decisão judicial que proibiu várias atividades das torcidas organizadas na capital.


Fonte: Globoesporte - Goiânia

Nenhum comentário