Sociólogo afirma que extinção das organizadas não é um bom caminho
Reprodução - SporTV
Estudioso da violência no futebol brasileiro, o sociólogo Maurício Murad esteve no "Arena SporTV" na tarde desta terça-feira, dia 26, em meio a todo o problema ocorrido em função da morte de um torcedor boliviano de 14 anos, chamado Kevin Espada, durante partida entre Corinthians e San José, em Oruro, na Bolívia, pela Taça Libertadores.
O menor H. A. M., de 17 anos, que confessou ter sido o responsável por disparar o sinalizador que matou o adolescente boliviano, é integrante há dois anos da torcida organizada Gaviões da Fiel. Murad pede medidas preventivas e repressivas diante das organizados, mas não a extinção delas.
- (É preciso) medidas de curto prazo e repressivas, como, por exemplo, a prisão, levar o processo até o fim, e que as punições sejam garantidas dentro da legislação. Medidas de médio prazo, de prevenção, como, por exemplo, controle das redes sociais. A prevenção é em torno de sete vezes mais barata, eficaz e mais rápida do que a punição. E medidas de longo prazo, de caráter reeducativo, para mudar esse cultura das organizadas, de machismo, exclusão e intolerância à diferença.
Maurício Murad ainda informa um dado que julga "estarrecedor": o Tribunal de Contas da União, ao avaliar os processos criminais no Brasil, incluindo-se os do futebol, concluiu que 95% deles não são finalizados.
SporTV - São Paulo
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